Objetivos do estudo:
O estudo teve como meta avaliar o impacto da velocidade intencionalmente lenta na adaptação da força muscular quando comparada com velocidades de treinamento mais rápidas ou tradicionais. As análises de subgrupos exploraram fatores como idade, sexo e estado de treinamento como possíveis variáveis de confusão.
Metodologia:
O estudo é uma meta-análise que incluiu 24 estudos elegíveis, necessariamente crônicos (várias semanas) e que usaram força externa constante dinâmica para treinamento e avaliação da força pré e pós-treino. Foram incluídos no estudo um total de 625 indivíduos saudáveis, dos quais 306 foram submetidos a treinamento rápido ou tradicional e 319 a treinamento lento intencional. Uma meta-análise de efeitos aleatórios foi realizada para sintetizar os resultados. Além disso, foram conduzidas análises de subgrupos para investigar a influência da idade, do sexo e do estado de treinamento nas adaptações de força.
Resultados:
Os resultados indicam um efeito significativo em favor do treinamento rápido (tamanho do efeito [ES] = 0,21, intervalo de confiança de 95% [CI] = 0,02-0,41, p = 0,03). Em relação ao estado de treinamento e idade, as análises de subgrupos não mostraram diferenças significativas. No entanto, as mulheres mostraram uma adaptação significativamente maior à velocidade de treinamento rápida (ES = 0,95, p < 0,001) em comparação com os homens (ES = 0,08, p = 0,58).
Conclusões:
A meta-análise sugere que treinar em velocidades rápidas ou tradicionais resulta em adaptações de força significativamente maiores do que treinar em velocidades intencionalmente lentas. Esses resultados são aplicáveis a indivíduos independentemente de idade, sexo e estado de treinamento.
Aplicações práticas:
Dada a influência significativa da velocidade de treinamento de força nas adaptações de força, praticantes e treinadores devem considerar a velocidade como uma variável de treinamento facilmente modificável para otimizar os ganhos de força.
Referência completa para leitores interessados: