James, Lachlan P., et al. "The impact of strength
level on adaptations to combined weightlifting, plyometric, and ballistic
training." Scandinavian journal of medicine
& science in sports 28.5 (2018): 1494-1505.
A magnitude das adaptações ao treinamento pode
ser influenciada pelo nível de força inicial dos indivíduos? Seria vantajoso
adquirir um certo nível de força antes de enfatizar variações dos levantamentos
olímpicos, pliometria e exercícios balísticos? Caso sim, essa informação pode
direcionar a elaboração de programas de treinamento para populações atléticas
com diferentes níveis de força.
Na pesquisa publicada no Scandinavian
journal of medicine & science in sports, 24 indivíduos foram divididos
em dois grupos de acordo com o seu nível de força relativa (FR) no agachamento
(carga de uma repetição máxima [1RM] / massa corporal). Os mais fortes possuíam
FR = 2,01 ± 0,15 e mais fracos: FR = 1,20 ± 0,20.
Eles completaram 10 semanas de treinamento, incorporando
variações dos levantamentos olímpicos, pliometria e exercícios balísticos. As
avaliações ocorreram nos momentos Pré, pós 5 semanas e pós as 10 semanas de
treino incluíram o teste de 1RM no agachamento, atividade eletromiográfica do
quadríceps femoral durante os exercícios de jump squat e a contração voluntária
máxima no agachamento e a mecânica do salto vertical (comparação das curvas
força-tempo ao longo de todo o movimento).
O grupo mais forte apresentou maiores mudanças
na velocidade pico no momento pós 5 semanas, mas não nos pós- 10 semanas. Foram
observadas alterações distintas na relação força-velocidade e na mecânica do
salto, mas apenas o grupo mais forte apresentou aumentos na ativação muscular
Os principais resultados foram que diferentes mudanças
ocorreram na relação força-velocidade e na mecânica dos saltos, mas apenas o
grupo de indivíduos mais fortes apresentou aumentos na atividade
eletromiográfica.
A conclusão foi que os aumentos na velocidade
pico foram significativamente influenciadas pelo nível de força inicial. Os
mecanismos que direcionam as mudanças no desempenho foram diferentes entre os
grupos, com adaptações neurais, na relação força-velocidade e demais
características mecânicas de melhoria de desempenho sendo mais proeminentes nos
indivíduos com maior nível de força.
Os autores destacaram que os achados são de
grande valia para a prática do treinamento, pois revelam que sim, é vantajoso
adquirir um certo nível de força antes de enfatizar as variações dos
levantamentos olímpicos, a pliometria e os exercícios balísticos.