Markus, I., et al. "Exercise-induced muscle damage:
mechanism, assessment and nutritional factors to accelerate
recovery." European Journal of Applied Physiology: 1-24.
Na parte 1 do post, levantamos
alguns postos-chave do artigo, colocando a influência da suplementação de proteínas
e beta alanina sobre a recuperação do dano tecidual induzido pelo exercício.
Segue os pontos
de destaque no tocante a suplementação de creatina e polifenóis.
A eficácia da suplementação de creatina no desempenho de atividades de
força e potência é bem documentado na literatura. Adicionalmente ao seu efeito
ergogênico, tem sido proposto que a suplementação também possa otimizar a
recuperação pós-exercício. Todavia, os resultados das investigações ainda não
suportam os benefícios da suplementação de creatina para otimizar a recuperação.
Considerados como antioxidantes, sua principal função é manter um balanço
oxidativo no nosso corpo. Estudos mostram que a suplementação atenua os decréscimos
de força de forma aguda, sendo mais eficazes na recuperação dos exercícios de
alta intensidade do que nos de maior volume.
O dano tecidual induzido pelo
exercício e a subsequente resposta inflamatória são processos naturais e
integrantes do reparo muscular. Os processos podem ser ocasionados pelo
estresse mecânico e metabólico, induzidos pela prática dos treinamentos de
força, potência e resistência.
A magnitude do dano e inflamação,
decréscimos no desempenho, dor e tempo de recuperação, é complexa. Depende de
fatores como o sexo, idade, nutrição, nível de treino, genética e familiaridade
com os exercícios realizados.
Até o presente momento parece não
haver um consenso sobre uma dieta específica que otimize a recuperação do dano
tecidual induzido pelo exercício. Entretanto, algumas evidências sugerem que o
uso de alguns suplementos possa ser eficaz na recuperação da força, potência
e resistência, mas a total eficácia dessa suplementação ainda carece de mais
estudos.