Nutrição para Acelerar a Recuperação do Dano Tecidual Induzido pelo Exercício. Parte 1: whey protein e beta alanina

Markus, I., et al. "Exercise-induced muscle damage: mechanism, assessment and nutritional factors to accelerate recovery." European Journal of Applied Physiology: 1-24.
O dano tecidual induzido pelo exercício e a subsequente resposta inflamatória são processos naturais e integrantes do reparo muscular. Os processos podem ser ocasionados pelo estresse mecânico e metabólico, induzidos pela prática dos treinamentos de força, potência e resistência.
A magnitude do dano e inflamação, decréscimos no desempenho, dor e tempo de recuperação, é complexa. Depende de fatores como o sexo, idade, nutrição, nível de treino, genética e familiaridade com os exercícios realizados.
Para muitas organizações nutricionais, as recomendações geralmente focam nas refeições do atleta. Todavia, atualmente destaca-se a importância do consumo de determinados suplementos para otimizar a recuperação.
Segue alguns destaques do artigo no tocante ao uso de suplementos a base de proteínas, creatina, beta-alanina e polifenóis.

Proteínas
Existem várias fontes de proteínas. As diferenças entre elas estão basicamente na qualidade e digestibilidade. Qualidade refere-se à disponibilidade dos amino ácidos e digestibilidade considera como ela é mais bem utilizada. Quando o foco é otimizar a recuperação pós-exercício, esses fatores devem ser considerados.

Whey protein apresenta uma capacidade de absorção mais rápida do que a caseína, implicando em uma maior taxa de síntese proteica pós-treino. Sua ingesta otimiza a recuperação e remodelamento do tecido; interessantemente, o consumo de whey protein também otimiza a recuperação de glicogênio hepático e muscular, o que parece estar relacionado a capacidade de supra regulação da atividade da enzima glicogênio sintase.

Assim sendo, a ingesta de whey protein pode otimizar a recuperação e o balanço proteico positivo para proteínas miofibrilares.

Beta alanina
Beta alanina é um amino ácido não proteogênico. Quando ingerido, combina-se com a histidina para formar a carnosina. É considerado como o fator limitante na síntese de carnosina muscular.

A carnosina é uma proteína altamente efetiva no tocante a regulação do pH intramuscular. Entretanto, além de servir como um tampão, também possui um papel antioxidante, assumindo um papel fisiológico muito além do tamponamento intramuscular, sugerindo otimizar a recuperação pós-exercício. Todavia, o papel anti-inflamatório e antioxidante ainda precisa de maiores confirmações científicas.
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