Artigo discute sobre equívocos biomecânicos difundidos na área de ciências do esporte e exercício. Dentre eles:
• Carga de treinamento.
• A métrica chamada de PlayerLoad, usada nos esportes coletivos.
Segue os principais pontos que destaquei:
1. Na mecânica e, consequentemente na biomecânica, ‘carga’ é um termo que se refere a uma força. Quando usado para a descrição do desempenho nos exercícios, deve ser reportada em Newtons. As suas conotações não científicas causam inúmeras confusões.
2. Carga, sendo reportada em unidades arbitrárias é incorreto e não adere a princípios básicos de ciência e ao sistema internacional de unidades.
3. As definições de carga externa e interna apresentadas na literatura estão mecanicamente erradas. Razões:
a. Empregam o termo carga de trabalho (workload), um termo mecanicamente sem sentido que já foi proposto para ser banido das ciências do esporte.
b. “Cargas externas” são definidas como medidas objetivas do trabalho realizado pelo atleta, incluindo a potência, rapidez, aceleração, análises temporais de movimento e os parâmetros advindos do GPS e acelerômetros.
c. Exceto pela potência (taxa de produção de trabalho), as demais medidas colocadas não são “medidas objetivas do trabalho”.
4. A métrica PlayerLoad, calculada a partir do acelerômetro triaxial, possui inconsistências em seus cálculos. Dentre elas, reportar dados de aceleração em unidades arbitrárias.
Soluções apresentadas
1. Os termos intensidade e volume são universais e devem ser empregados de forma coerente.
2. Ao invés de usar carga de forma geral ‘carga’, conote e especifique o desempenho no exercício pelas respectivas grandezas físicas (e.g., força, velocidade, trabalho potência, tempo, distância e deslocamento). É muito mais simples, conciso e mecanicamente coerente.
Quem ler o artigo e souber interpretar o texto e as possíveis soluções propostas, verá que não é apenas uma questão terminológica, mas sim, conceitual.
As soluções são simples, basta estudar um pouco de mecânica newtoniana e querer mudar.
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