Esse é um ponto frequentemente seguido, sugerindo que as fibras de contração rápida têm maior potencial de hipertrofia e que a variação na composição dos tipos de fibras musculares pode influenciar a magnitude da resposta ao treinamento.
No estudo (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37038845/), 11 indivíduos com predominância de fibras de contração lenta (ST) e 10 com predominância de fibras de contração rápida (FT) foram manifestados a um programa de treinamento de força até a falha com carga de 60% de 1RM por 10 semanas. Um braço e uma perna foram treinados 3 vezes por semana, enquanto o braço e a perna contralateral foram treinados 2 vezes por semana.
Resultados
A resposta em termos de aumento do volume muscular total (+3% a +14%), tamanho da fibra muscular (-19% a +22%) e força muscular (+17% a +47%) apresentou considerável variabilidade interindividual, mas não pôde ser atribuída às diferenças na composição das fibras.
No entanto, os indivíduos com predominância de fibras de contração lenta (ST) realizaram um volume de treinamento significativamente maior para alcançar a tolerância semelhante em comparação aos indivíduos com predominância de fibras de contração rápida (FT).
Observe que o membro treinado 3 vezes por semana geralmente apresentava uma hipertrofia mais pronunciada do que o membro treinado 2 vezes por semana, sem interação com a composição das fibras musculares.
Conclusões
Os autores concluíram que a composição das fibras musculares não pode explicar a alta variabilidade nas provas ao treinamento resistido quando o treinamento é realizado até a falha com uma carga de 60% de 1RM.
Os resultados são interessantes, mas são necessários mais experimentos para estabelecer uma relação mais clara entre as características musculares dos indivíduos e sua resposta ao treinamento.
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